Os dados serão avaliados pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS/AM) até quarta-feira (31), em reunião na Fundação de Medicina Tropical
Manaus – Neste ano, por conta da enchente dos rios e a migração da população rural para outras localidades, os casos de malária no Estado aumentaram em 40%.
Os dados serão avaliados pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS/AM) até quarta-feira (31), quando assessores técnicos da FVS, tanto da capital quanto do interior; representantes da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS) e secretários de Saúde da região norte se reunirão no auditório da Luiz Montenegro da Fundação de Medicina Tropical, das 8h às 17h, para analisar os resultados do programa estadual de controle da malária, no período de janeiro a setembro deste ano.
Segundo o chefe do Departamento de Vigilância Ambiental e Controle de Doenças (DVA) da FVS, Ricardo Passos, a programação do encontro será composta por apresentações dos principais desafios para o alcance das metas previstas no Plano Pluri Anual de Controle da Malária (PPACM).
Conforme as estatísticas, até outubro deste ano, foram constatados 72.997 casos, sendo 7.997 somente na capital enquanto, em 2011, foram registrados 61.434.
O diretor-presidente da FVS, Bernardino Albuquerque, justificou que o aumento se deve a enchente dos rios. "Tivemos o deslocamento da população da área rural para as comunidades e, com isso, os mosquitos se instalaram nos municípios localizados na calha do rio Juruá e nos municípios da calha do rio Solimões, que tiveram um aumento significativo da doença", comentou.
Albuquerque ressaltou que os municípios de Eirunepé, Ipixuna, Guajará, Atalaia do Norte, Tabatinga, São Paulo de Olivença e Santo Antônio de Içá foram os que mais registraram casos de malária. "Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve um aumento de 40% da doença no Estado, com uma concentração no primeiro semestre de 2012. Mas, a partir de agosto e setembro, já registramos uma queda", informou.
Ele destacou que existem cinco espécies do parasita, as duas principais do Amazonas são o plasmodium falciparum e o plasmodium vivax. Ele disse ainda que as formas mais graves da doença são causadas pelo plasmodium falciparum.
Albuquerque enfatizou que 80% dos casos registrados no Amazonas são do plasmodium vivax, considerada benigna pelos agentes de saúde. "Hoje, estamos com um registro de 12% de casos do plasmodium vivax nos municípios do Amazonas", ressalta. "O tratamento é diferenciado da malária falciparum, por isso, a necessidade do exame laboratorial".
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