Os sete municípios da calha do rio Juruá são os que mais apresentam preocupação quanto ao aumento de casos de malária, este ano, no Amazonas. Para a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), desde o início do ano, houve aumento de incidência da doença, principalmente, em Eirunepé (a 1.245 quilômetros de Manaus) e Ipixuna (a 1.368 quilômetros). Na lista ainda estão São Paulo de Olivença, no Alto Solimões, e São Gabriel da Cachoeira, no Alto Rio Negro.
Na contramão dos dados do interior, Manaus apresenta poucos casos - considerados pela FVS como residuais. “Hoje malária em Manaus ocorre só em áreas rurais e invasões que propiciam o aumento de casos. Manaus está muito bem e esperamos que possamos quem sabe num futuro próximo erradicar a malária da cidade”, disse.
Prevenção
A FVS enviou nas últimas semanas, reforço de recursos humanos para intensificar atenção à saúde da população sujeita a malária. Parte dos servidores atua com a prevenção e outros com atendimento aos pacientes. As principais defesas contra a malária continuam sendo o fumacê, veneno contra mosquitos pulverizado no ar, e a impregnação de inseticida nas portas e paredes das casas.
No entanto, enquanto o fumacê é realizado no meio ambiente, grande parte da população do interior ainda se opõe ao inseticida. Para Bernardino, algumas pessoas acreditam que o produto acarretará algum dano a saúde. Porém, ele orienta que a aplicação é feita por profissionais qualificados e não traz malefícios a saúde humana, apenas os mosquitos transmissores da doença.
“Temos nos deparado com um índice de recusa desses recursos muito grande, principalmente nas comunidades rurais. Os moradores não querem deixar que os agentes de endemias façam a borrifarão, isso é um problema. Possivelmente seja falta de conhecimento de algumas pessoas, outras alegam problemas alérgicos na família, mas mesmo assim os agentes de endemias estão fazendo o trabalho a medida do possível”, disse.
Apesar da preocupação, no quadro geral, o Amazonas apresenta redução de 12% nos casos de malária na comparação com o ano passado. Segundo o diretor-presidente da FVS, Bernardino Albuquerque, o número de casos da doença dispara no segundo semestre do ano, no Amazonas, em função da descida dos rios após o pico da cheia. A mudança no nível das águas provoca a estabilização dos criadouros do mosquito transmissor da malária e consequentemente o aumento do número de casos.
Para impedir um provável surto, a FVS realiza o monitoramento dos dados sobre a doença a cada semana. A partir da identificação do aumento e casos em determinada região, os FVS para a intensificar os trabalhos de combate a malária.
Fonte: Acritica.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário