Em São Paulo de Olivença, para quem não conhece a cidade, existem os bairros São João e José Carlos Mestrinho, mais conhecido ou popularmente conhecido como Bairro Novo, dividindo esses bairros, existe um igarapé e sobre o mesmo existia até pouco tempo, uma ponte de madeira que havia sido construída há quase duas décadas, na gestão do então prefeito Hamilton Fermin.
A ponte era a principal via de interligação e acesso entre os mencionados bairros, por onde transitavam diariamente centenas de pedestres. Construtora Vila Engenharia, tem um contrato firmado com o governo do estado, através da SEINFRA (CT-00010/2015-SEINFRA), no valor global de R$ 99.326.330,00 (noventa e nove milhões trezentos e vinte e seis mil e trezentos e trinta reais), cujo objeto do contrato é a execução da obra da orla, incluindo-se-ai, a construção de uma ponte em alvenaria, interligando os ditos bairros.
Ocorre que, no ano passado, a Construtora derrubou a ponte de madeira que existia no local, para dar inicio a construção da ponte em alvenaria. De fato, os serviços de terraplanagem e fundação até iniciaram, mas logo tudo paralisou e nada avançou, e não venham justificar que os serviços pararam por causa da enchente, porque quando os serviços foram interrompidos o igarapé ainda estava seco, dando condições de ter avançado significativamente os serviços.
Diante desse descaso, a população em geral, e principalmente os moradores daquela área e adjacências, em especial, os alunos que estudam no centro da cidade e as crianças que precisam atravessar o igarapé, estão enfrentando grandes dificuldades, e já aconteceu de crianças caírem dentro d’água, pois, atualmente, as pessoas que se arriscam fazer a travessia precisam ter habilidade de malabarista para se sustentar em cima das toras de açacu - "arvore" que foram colocadas no local.
Outra opção é a canoa, mas as pessoas que fazem esse trajeto não podem manter uma canoa naquela área, ainda assim, é perigoso fazer a travessia em canoa pequena, pois geralmente existem dezenas de pessoas precisando fazer a travessia ao mesmo tempo.
Ressaltando que tanto o estado quanto o município, nada fizeram até agora para melhorar as condições dessa travessia, considerando que só existem duas vias de cesso ao bairro José Carlos Mestrinho, uma é a ponte e a outra é por uma rua que vem pelo Bonfim, mas que se torna muito distante para os moradores. É fato, que mesmo que os serviços estivessem avançados até a chegada da água, ainda assim não teria dado tempo de concluir a obra, todavia, a população haveria de compreender a situação, no entanto, é mais fácil acreditar no Lula, que acreditar que essa ponte será construída dentro do prazo previsto! Dai a pergunta, até quando a população vai ficar a mercê da sorte, se arriscando nessa travessia?
Para ilustrar, ressaltamos, que o valor global do contrato para construção da orla e da ponte é de R$ 99.326.330,00 (noventa e nove milhões trezentos e vinte e seis mil e trezentos e trinta reais). Sendo que desse total, já foram medidos o equivalente a importância de R$ 6.462.625,48 (seis milhões quatrocentos e sessenta e dois mil seiscentos e vinte reais e quarenta e oito centavos). Porém, o serviço executado, não corresponde ao que foi medido e supostamente pago a Vila Engenharia. Isso é fácil comprovar, basta ir ao local da obra, pois qualquer pessoa, ainda que seja leiga no assunto, vai perceber.
Prefeitura não deveria esperar somente pelo governo do estado, pois este, não vive aqui e nem tem filhos ou parentes necessitando desse serviço, aliás, o governador José Melo, tá mais preocupado em livrar sua pele, não tá nem se lembrando do povo. Tenho certeza que se houver vontade por parte da administração municipal, dá pra improvisar uma passarela com corrimãos por cima das boias, isso vai melhorar muito e dar mais segurança aos transeuntes que precisam utilizar essa travessia. Fica a dica!
Também a titulo de ilustração, vejam algumas fotos das pessoas tentando atravessar o igarapé, bem como, foto das canoas e dos açacus que foram colocados para servir de boia e ponte improvisada.
Fonte: Pedro Pereira
Texto e Imagens: Pedro Pereira
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