sexta-feira, 7 de novembro de 2014

S. P. de Olivença é um dos 5 municípios com maior índice de suicídio de índios do Brasil.


Enquanto taxa de suícidio no Brasil é de 5 por 100 mil pessoas; entre índios sobe para até 30; especialistas vão ao Congresso cobrar medidas preventivas para reduzir incidência.

O suicídio de índios no Brasil chega a ser seis vezes maior do que a taxa nacional e preocupa especialistas. Dados do Mapa da Violência, do Ministério da Saúde, mostram que, enquanto o índice geral no Brasil é de 5,3 suicídios por 100 mil habitantes, a incidência sobe para acima de 30 em alguns municípios com população indígena.
“O que está acontecendo é um verdadeiro extermínio destas populações”, afirma o médico Carlos Felipe D'Oliveira, da Rede Brasileira de Prevenção do Suicídio. O tema foi assunto de palestra no Fórum Brasileiro sobre Suicídio e, no início do próximo ano, será encaminhada uma minuta pedindo ações de prevenção para a Comissão de Seguridade e Família do Congresso Nacional.
Dados do Mapa da Violência mostram que, na região Norte, os suicídios passaram de 390 em 2002 para 693 em 2012: aumento de 77,7%. Amazonas, Roraima, Acre e Tocantins quase que duplicam o índice.
De acordo com o estudo, alguns dos municípios que aparecem no topo da lista de mortalidade suicida são locais de assentamento de comunidades indígenas, como São Gabriel da Cachoeira (AM), São Paulo de Olivença (AM) e Tabatinga (AM), Amambai (MS) Paranhos (MS) e Dourados (MS).
“Normalmente, o que vemos é que os locais com maior taxa de suicídio de índios são justamente aqueles mais desassistidos, com alto índice de desemprego, uso de álcool, drogas e muito conflito”, afirma D'Oliveira.
Dados oficiais da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) registram 73 casos de suicídio de indígenas só em Mato Grosso do Sul, em 2013 – o maior índice em 28 anos. Dos 73 indígenas mortos, 72 eram do povo Guarani-Kaiowá.

Fonte: saude.ig.com.br

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